Câmara, representantes da Prefeitura e de escolas discutem sobre retorno das aulas no município

Na manhã desta sexta-feira, 2, a Comissão de Educação da Câmara Municipal de João Monlevade se reuniu com demais vereadores e representantes da Secretaria Municipal de Educação para...

230

Na manhã desta sexta-feira, 2, a Comissão de Educação da Câmara Municipal de João Monlevade se reuniu com demais vereadores e representantes da Secretaria Municipal de Educação para discutirem acerca do retorno às aulas presenciais. Também participaram do encontro representantes de escolas particulares; o advogado da Procuradoria Jurídica da Prefeitura, Cristiano Vasconcelos Araújo; e a chefe da Vigilância em Saúde, Viviane Ambrósio Passos.

A Secretária de Educação, Maria do Sagrado Coração Santos, informou que a cidade conta com 6.143 alunos na rede municipal, cerca de 6 mil na rede estadual e aproximadamente 3.500 estudantes na rede particular. Ela destacou que o Executivo sabe da importância da volta às aulas, mas que há uma preocupação maior com a vida e a saúde. “O retorno vai ocorrer quando todos os profissionais da educação estiverem seguros, imunizados com a 1ª e 2ª doses”, disse.

Maria do Sagrado disse, ainda, que algumas escolas já estão passando por reformas na estrutura e, em outras, já ocorre a adaptação dos protocolos sanitários. Ela lembrou que os protocolos a serem adotados pelas escolas já foram elaborados e todos os profissionais da rede de ensino passarão por treinamento antes do retorno das atividades. A responsável pela pasta disse, ainda, que os insumos para garantir a segurança como máscara, álcool em gel e sabonete líquido já foram adquiridos.

A chefe da Vigilância em Saúde, Viviane Ambrósio, apresentou os dados da vacinação no município. Segundo ela, 34,8% da população já recebeu a primeira dose da vacina, mas apenas 14,1% retornou aos postos de saúde para a segunda dose. Em relação à vacinação dos profissionais da educação, Viviane informou que a primeira dose já foi aplicada e que a segunda dose será disponibilizada em setembro. Ela ainda destacou que, segundo especialistas, a pessoa está imunizada 15 dias após a aplicação da segunda dose.

Os representantes das escolas particulares falaram das dificuldades que têm encontrado durante o período de pandemia e da expectativa para que o retorno das aulas ocorra o mais breve possível. Eles relataram que as crianças são as que mais sofrem e que os estudantes podem ter prejuízos irreparáveis. Os diretores também informaram que as escolas particulares já estão preparadas para receberem os alunos.

Já o advogado Cristiano Vasconcelos, da Procuradoria Jurídica da Prefeitura, informou que na tarde de hoje será feita a classificação da microrregião, que inclui João Monlevade, de acordo com o Programa Minas Consciente, e, com isso, um novo decreto será elaborado. Ele também ressaltou que todas as considerações feitas no encontro serão analisadas e levadas ao conhecimento do prefeito Laércio Ribeiro (PT).

O presidente da Comissão de Educação, Leles Pontes (Republicanos), e os vereadores Gustavo Prandini (PTB), Belmar Diniz (PT), Marquinho Dornelas (PDT) e o presidente da Casa, Gustavo Maciel (Podemos), declararam que são a favor da volta às aulas, desde que siga todos os critérios e as medidas sanitárias para promover a segurança de alunos e profissionais. Eles se colocaram à disposição para discutir alternativas com o intuito de que as aulas voltem o quanto antes com a segurança necessária.

Em sua fala, Gustavo Maciel pediu para que o novo decreto, que será elaborado pelo Executivo, contemple a volta às aulas. “Se não for possível retomar as aulas nas escolas públicas nesse momento, que seja considerada a possibilidade da volta às aulas nas escolas particulares. Sabemos que dado o número de alunos e de estrutura, em comparação com as escolas públicas, as escolas particulares já estejam aptas para o retorno das atividades”, disse. O presidente da Casa ainda sugeriu que seja feita uma audiência pública com a participação dos diretores de escolas públicas e privadas, representantes do Executivo e das Secretarias de Educação e Saúde para discutir o assunto.