Obras de descaracterização do Dique 4 do Sistema Pontal, do Complexo Itabira, são iniciadas

A estrutura faz parte das cinco barragens da Vale construídas pelo método a montante que serão eliminadas até o final do ano Dique 4 do Sistema Pontal, em...

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A estrutura faz parte das cinco barragens da Vale construídas pelo método a montante que serão eliminadas até o final do ano

Dique 4 do Sistema Pontal, em Itabira (MG), é uma das cinco estruturas a montante previstas para serem eliminadas em 2022

A Vale iniciou, nesta segunda-feira (7/2), as obras para a eliminação do Dique 4 do Sistema Pontal, do Complexo Itabira. A estrutura é uma das cinco construídas pelo método a montante previstas para serem descaracterizadas e reintegradas ao meio ambiente neste ano. Com isso, a empresa prevê encerrar 2022 com 40% das suas estruturas do tipo eliminadas. Isso significa que 12 de 30 barragens mapeadas já estarão descaracterizadas.

A descaracterização de todas as barragens a montante da companhia é um dos pilares no princípio de garantia de não repetição de rompimentos como o da B1, em Brumadinho, tendo como prioridade a segurança das pessoas, dos trabalhadores e do meio ambiente.
As operações em Itabira chegarão ao final de 2022 com metade das 10 estruturas eliminada no município. Duas (Dique 5 da barragem Pontal e o dique Rio do Peixe) já foram descaracterizadas e, para este ano, está prevista a conclusão de mais duas, além do Dique 4: Dique 3, também do Sistema Pontal, e a Barragem Ipoema.

Para as outras estruturas a montante no município, as atividades preliminares para a eliminação do Dique 2 do Sistema Pontal, e dos diques 1A e 1B, na mina Conceição, já tiveram início. Também deve ser finalizada este ano a estrutura de contenção que está sendo implantada próxima à Lagoa Coqueirinhos, em área da empresa. A estrutura aumentará a segurança para a fase de obras dos diques Minervino e Cordão Nova Vista, que também fazem parte do Sistema Pontal.

A descaracterização do Dique 4 está prevista para ser concluída este ano, quando a estrutura não terá mais a função de reter rejeitos e estará reintegrado ao meio ambiente. Em janeiro, foram concluídas as obras de reforço. O transporte de materiais e equipamentos para as obras descaracterização do Dique 4 será feito por acessos internos, sem impactos nas vias locais.

Geração de emprego e renda

Os trabalhos no Dique 4 devem gerar de cerca de 120 empregos, entre diretos e terceirizados, sendo mais de 80% da mão de obra local, o que contribui para a geração de emprego e renda no município.

O Dique 4 não recebe rejeitos desde 2014 e encontra-se em nível de emergência 1. A estrutura tem cerca de 3,7 milhões de metros cúbicos de rejeitos, que serão removidos e destinados a uma área devidamente preparada dentro do próprio Sistema Pontal. Não há moradores ou comunidades dentro da Zona de Autossalvamento (ZAS).

Todas as estruturas da empresa em Itabira são monitoradas permanentemente pelo Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG). E o processo é acompanhado pelos órgãos reguladores e pela AECOM, auditoria técnica independente indicada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

Segurança e gestão de barragens

Desde 2019, sete estruturas a montante – quatro em Minas Gerais e três do Pará – foram eliminadas, das 30 mapeadas, praticamente 25% do Programa de Descaracterização da empresa. Para 2022, a previsão da empresa é concluir a descaracterização dos diques 3 e 4 do Sistema Pontal e barragem Ipoema, em Itabira (MG), a Barragem Baixo João Pereira, em Congonhas (MG), e o Dique Auxiliar da Barragem 5, em Nova Lima (MG).

Ao mesmo tempo e alinhada às melhores práticas internacionais para gestão de barragens, a empresa tem intensificado as ações preventivas, corretivas e de monitoramento nas suas estruturas, avançando rumo à meta de não ter nenhuma barragem em condição crítica (nível de emergência 3) até 2025. Essas ações também aumentam a segurança nas estruturas a montante que serão eliminadas até que as etapas preparatórias e de engenharia para a descaracterização sejam concluídas.

A eliminação das barragens a montante faz parte do processo de transformação cultural que a empresa vem passando desde o rompimento em Brumadinho. No Brasil, a descaracterização é também um dos principais marcos da evolução do modelo de gestão de barragens da Vale, com três linhas de defesa focadas prioritariamente na segurança das estruturas e das pessoas que vivem próximas. O modelo está alinhado ao Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos (GISTM, em inglês), que estabelece requisitos para a gestão segura de estruturas de disposição de rejeitos e tem o objetivo de evitar qualquer dano às pessoas e ao meio ambiente.

A Vale, como membro do Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM, em inglês), assumiu o compromisso público de estar 100% em conformidade com os 77 requisitos do GISTM em todas as suas estruturas de disposição de rejeitos até 2025. Completamente adequada ao GISTM e sem estruturas em nível de emergência 3, a empresa projeta terminar 2025 em um novo e mais elevado patamar de segurança nas suas operações.