Comunidade do Engenho recebe asfaltamento após 33 anos de espera

Sem a obra, moradores da comunidade não tinham acessibilidade principalmente nos períodos de chuva Após 33 anos de espera, os moradores da tradicional comunidade do Engenho, em Itabira,...

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Sem a obra, moradores da comunidade não tinham acessibilidade principalmente nos períodos de chuva

Após 33 anos de espera, os moradores da tradicional comunidade do Engenho, em Itabira, receberam, neste sábado (26), as obras de asfaltamento das vias que levam às casas da localidade. Foram 3,2 quilômetros de pavimentação entregues, além da instalação do sistema de drenagem. A empreitada beneficia mais de 50 famílias.

As obras foram entregues pelo prefeito Marco Antônio Lage, que revelou estar emocionado em cumprir com uma expectativa antiga da comunidade do Engenho, até então com grandes dificuldades de acesso. “Essa obra faz a diferença na vida das pessoas, estamos dando dignidade a elas. Felizmente, nós conseguimos nesses seis meses de gestão atender à comunidade. O que eu vejo hoje é muita emoção dos moradores porque essa obra é de extrema relevância para eles”, destacou Marco.

O secretário de Obras, Transportes e Trânsito, José Maciel Paiva, afirmou que a entrega da pavimentação é bastante satisfatória, uma vez que a comunidade estava descrente de que o serviço pudesse ser feito.

“Você vê a alegria das pessoas porque essa obra é importante para as famílias que saem para trabalhar, para os idosos que precisam ir até uma consulta médica e para as crianças que precisam ir à escola. Agora, com a conclusão da pavimentação, nós podemos estudar a extensão da linha de ônibus para atender à população, já que eles precisam andar até a estrada de Nova Era para ter acesso ao transporte coletivo. Vamos continuar fazendo projetos de asfaltamento de morros como este para que seja garantido a acessibilidade na área rural”, reforçou o secretário.

Realidade

Para Valéria Rosa de Brito, presidente da Associação dos Moradores da Comunidade do Engenho, o asfaltamento na localidade é a realização de um sonho. A líder comunitária conta que o avô, José Luiz Rosa, ex-presidente da associação, reivindicou a pavimentação do local em 1988, como consta em ata ainda preservada por ela. Segundo Valéria, era impossível passar pela rua em período chuvoso, uma vez que a estrada era de terra e apresentava várias erosões.

“Não tinha como o carro passar aqui, andávamos tudo a pé. Com muita dificuldade conseguíamos chegar em casa. Ambulância não subia aqui, transporte escolar também não. As crianças perdiam aula por não conseguir sair de casa. Eu lutei muito por essa obra porque meu avô me ensinou que é preciso sempre ajudar o outro. Ele doou o terreno para a associação e tenho certeza que ele ficaria muito feliz em ver o asfalto se estivesse aqui”, contou Valéria, emocionada.