Pela primeira vez, Mancha Verde é a campeã do Carnaval de São Paulo

Com um enredo que falava sobre escravidão e intolerância religiosa, a escola da Barra Funda garantiu o título de 2019.   caba de ser definida a escola de...

1073

Com um enredo que falava sobre escravidão e intolerância religiosa, a escola da Barra Funda garantiu o título de 2019.

 

caba de ser definida a escola de samba campeã do Carnaval 2019 de São Paulo. Neste ano, após uma apuração tensa e acirrada que rolou na tarde de terça (05), no Sambódromo do Anhembi, quem ficou com o título foi a Mancha Verde, pela primeira vez, quando se deu como encerrada a votação no quesito “Alegoria”.

A escola do bairro da Barra Funda, que desfilou pelo Grupo Especial na madrugada de sábado (02), mostrou um enredo batizado de “Oxalá, salve a princesa! A saga de uma guerreira negra”, comandado pelo carnavalesco Jorge Freitas.

Baseado na história da princesa congolesa Aqualtune (avó de Zumbi dos Palmares), o desfile abria a discussão para as temáticas da escravidão, intolerância religiosa e direitos das mulheres e negros. No total, a escola contou com 3.000 componentes desfilando no Sambódromo.

Viviane Araújo foi a rainha de bateria pelo 13º ano, e estava trajada como uma princesa africana. A escola fez um desfile redondinho e sem grandes problemas técnicos. Mostrou passistas com barrigas de grávidas, que representavam as escravas reprodutoras, além de colocar na avenida um carro alegórico que prestava homenagem ao quilombo dos Palmares.

O vice-campeonato ficou com a Dragões da Real, seguida por Rosas de OuroVila Maria e Império de Casa Verde. Neste ano, Acadêmicos do Tucuruvi e Vai-Vai, que já foi campeã do Carnaval paulistano 15 vezes, foram rebaixadas para o Grupo de Acesso.