“Pai culpado cria filho folgado”, diz professora na melhor lição que pais e mães vão ouvir hoje

“Nasce uma mãe, nasce a culpa” já diz a crendice popular. Culpa por não conseguir amamentar, culpa por ter que voltar a trabalhar, culpa por não passar mais...

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“Nasce uma mãe, nasce a culpa” já diz a crendice popular. Culpa por não conseguir amamentar, culpa por ter que voltar a trabalhar, culpa por não passar mais tempo com os filhos. Este sentimento, muito comum entre as mães, também atinge os pais, que se martirizam com situações que fogem ao controle e objetivos muitas vezes inalcançáveis.

A pedagoga Natucia Tadei, da escola Luz da Vida, divulgou um vídeo em suas redes sociais falando sobre o tema e alertando os pais que a culpa afeta diretamente na educação e desenvolvimento dos pequenos. E não é para melhor.

“Pais culpados, filhos folgados”

Se por um lado a culpa oferece uma oportunidade para refletir sobre diversos aspectos da maternidade (e paternidade), de outro, pode ser uma armadilha acreditar que está em dívida com os filhos.

“Eles cobram caríssimo”, afirma Natucia. “Pagamos alto e com juros através de atitudes compensatórias, privando as crianças do direito que elas têm de receber os limites para se sentirem seguras”, completa.

Com isso, o pequeno começa a perceber que com birras e gritaria pode conseguir o que quer. Não é preciso esperar. Sentir frustração e saber controlar as emoções é fundamental para o desenvolvimento das crianças em todas as esperas da vida. “Pais culpados criam filhos folgados”, reforça a especialista.

Culpa de mãe, culpa de pai

Essa culpa que atinge mulheres e homens surge geralmente da necessidade de “abraçar o mundo”, querendo atender a todas as demandas na vida dos seus filhos. E nem sempre isso é possível.

Uma pesquisa divulgada no livro “Mommy Guilt”, das autoras Devra Renner e Aviva Pflock, afirma que 96% dos pais relataram se sentirem culpados por algum aspecto que envolvia a criação dos filhos. Segundo elas, os mais comuns incluem gritos, tempo para a família, escolhas de trabalho, escola, entre outros.

Não é fácil deixar este sentimento de lado, mas é possível lidar com os desafios do cotidiano em família e se concentrar no que realmente importa. A maternidade e paternidade não são sinônimos de perfeição: fazer o melhor a cada dia, buscando um equilíbrio entre os erros e acertos – e não se importando com as opiniões alheias – já é um bom começo para se livrar a culpa.

Fonte: Vix.com