Carolina Ambrogini, ginecologista e sexóloga da Universidade Federal de São Paulo, responde às dúvidas mais frequentes sobre sexo e saúde.
A vulva, que é a parte externa da genitália feminina, é composta por uma pele muito delicada e sensível, facilmente irritável. Roupas justas ou apertadas podem causar irritação, principalmente quando a mulher fica muito tempo sentada. Peças cujos tecidos são grossos e que não deixam o ar passar, provocando calor e retenção da umidade também podem produzir coceira, bem como ficar muito tempo com biquíni úmido. Se você tem estes hábitos e está tendo coceira, tente usar roupas mais largas e com tecidos leves que deixem passar a transpiração.
A alergia é outra causa importante de coceira. Em geral, pessoas que são alérgicas têm maior propensão a ter uma reação a um determinado tipo de tecido, absorvente com textura plástica, sabonetes e até mesmo amaciantes de roupas. Elas devem tentar identificar o agente causador de alergia e evitar o produto. O uso de sabonetes com o ph neutro e hipoalergênicos também devem ser adotados como hábito na higiene íntima.
Relações sexuais sem a lubrificação adequada da vagina ou várias relações seguidas podem gerar irritação e coceira na vulva. Por isto, é importante saber o seu limite e também se conhecer para observar se está “pronta” para a penetração vaginal.
Infecções são outra causa de coceira, principalmente quando causadas por um fungo chamada Cândida albicans. Neste caso, a coceira é intensa, podendo gerar escoriações e inchaço na vulva. Geralmente, a candidíase vem acompanhada por um corrimento branco em placas, semelhante a nata de leite. Quando há suspeita de infecção, a mulher deve procurar um ginecologista para ser examinada e tratada corretamente. Evite se auto medicar.